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ToggleMeta anuncia mudanças na política de checagem de fatos nos EUA
Mark Zuckerberg anuncia que a Meta encerrará o programa de checagem de fatos nos EUA, adotando um modelo similar ao do X (Twitter). Entenda as mudanças e seus impactos.
A Meta, empresa controladora do Facebook e Instagram, anunciou que vai descontinuar o programa de checagem de fatos em postagens nos Estados Unidos. A medida, que entra em vigor nas próximas semanas, representa uma reestruturação da abordagem da companhia em relação à moderação de conteúdo, aproximando-se do modelo adotado pela plataforma X (antigo Twitter).

Com a nova política, a Meta deve transferir a responsabilidade pela veracidade das informações diretamente para os usuários e para as dinâmicas da comunidade. Assim como no X, conteúdos poderão ser marcados como “disputados” ou “potencialmente enganosos”, mas sem a aplicação de bloqueios ou restrições baseados em verificações externas.
Especialistas em desinformação alertam que a decisão pode abrir espaço para a proliferação de notícias falsas, especialmente em um cenário político polarizado. Por outro lado, defensores da liberdade de expressão veem na mudança uma oportunidade de reduzir interferências externas nas discussões públicas.
O programa de checagem de fatos da Meta, que conta com parceiros independentes ao redor do mundo, continuará ativo fora dos Estados Unidos. A empresa não detalhou se outros mercados serão afetados futuramente.
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Como nasceu o programa de checagem de fatos da Meta
O programa de checagem de fatos da Meta foi lançado em dezembro de 2016, em meio à crescente preocupação com a disseminação de desinformação nas redes sociais durante eventos marcantes, como as eleições presidenciais dos Estados Unidos daquele ano. Na época, o Facebook (agora parte da Meta) enfrentava críticas intensas por seu papel na amplificação de notícias falsas e conteúdo enganoso, o que levou a empresa a buscar soluções para recuperar a confiança do público.
A iniciativa surgiu como uma parceria com organizações independentes de verificação de fatos, todas certificadas pela International Fact-Checking Network (IFCN). O objetivo era identificar, rotular e reduzir o alcance de conteúdos falsos ou enganosos na plataforma.
Quando uma publicação era sinalizada como potencialmente falsa, verificadores parceiros analisavam o conteúdo e, caso o classificassem como enganoso, a Meta limitava sua distribuição no feed de notícias, alertando os usuários sobre a veracidade questionável. Além disso, páginas e contas que repetidamente compartilhassem desinformação enfrentavam penalidades, como menor visibilidade ou restrições de funcionalidades.
O programa foi expandido globalmente, incluindo países como Brasil, Índia, e Filipinas, adaptando-se a contextos locais e ao idioma de cada região. A Meta apresentava a iniciativa como parte de seus esforços para manter um ambiente mais seguro e confiável nas redes sociais.
Apesar de seu impacto positivo reconhecido por muitos especialistas, o programa também enfrentou críticas de grupos que acusavam a empresa de censura ou parcialidade na escolha dos verificadores. Agora, com o fim do programa nos Estados Unidos, o futuro da checagem de fatos na Meta está em pauta, reacendendo debates sobre desinformação e liberdade de expressão online.